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  1. Demo #17

    4 de dezembro de 2011


    (Casca viva)
    Composição: Andrei Pereira


    E você nasce sem medo
    Mas alguém te ensina a ter
    Você nasce sem segredos
    Mas depois você terá o que esconder
    A aranha só é forte em sua teia
    E nos seus olhos eu vejo tudo que te cerca
    Você se nega da pedra e se refugia
    Onde ninguém quer achar você
    Eles te ensinam a olhar pra você mesmo
    E tentam construir algo que você desconhece
    Do outro lado da ponte eles constroem um muro
    E eu já posso ver os ratos atrás de você
    Como uma folha em branco, desenham-lhe como querem.
    Matéria prima ao velho mundo eles te moldam como eles desejam
    Eles te dão um Deus
    Que vai te proteger até você lhe descartar
    Vão abrir as suas veias
    E a sua boca vão fechar
    Eles te ensinam os atalhos
    Mas omitem o destino
    Eles te completam destruindo
    O que por extinto você tinha
    Como uma folha em branco, desenham-lhe como querem
    Outros casulos estão prontos, e a dança já vai começar
    Não perca os testes hoje a noite
    Eles vão ver o que podem fazer
    Fabricando mutantes engraçados
    Vai passar a cobertura na TV
    Depois da novela das 8
    Eles vão te provar por que se deve obedecer
    Ooooooo Malditos sujos
    Oooooo Montagens fajutas
    Oooooo Meus joelhos no chão
    Vocês nunca vão ver


  2. (Julia Aunt)
    Composição: Andrei Pereira


    Julia era uma menina cansada de transar
    Com homens que tinham dinheiro e cabeça, mas não sabiam usar.
    Julia foi pular o muro pra alcançar seus sonhos
    Enroscou o cu cerca, mas não desistiu.
    Ergueu a cabeça e se espelhou numa estrela foi ai que caiu num buraco que não viu
    Viu que já estava fudida e assumiu seus erros
    Confirmou que venho da puta que pariu
    O Julia aqui todo mundo gosta de você
    O Julia, pena que seja só por ti fude.
    Foi de encontro a um cara quebrou o salto, mas nem viu.
    Rejeito tanto o dinheiro, mas não resistiu.
    Dentro dum carro embaçou o vidro e suou
    Ela gritava muito enquanto escutava rock'n'roll
    Sua hora chega e tem que sair
    Espera sua parte, mas só vê alguém fugir.
    Essa garota não cansa de se iludi
    O Julia aqui todo mundo gosta de você
    O Julia, pena que seja só por ti fude.
    Vai ao banheiro lava o rosto e pega uma navalha
    Desenha em seus pulsos os nomes dos canalhas
    Mas vaso ruim não quebra e nesse túnel não tem luz
    O Julia realmente ninguém gosta de você
    O Julia ninguém mais quer ti ver


  3. (Carol)
    Composição: Andrei Pereira



    Sem idade pra sair de casa
    Sem paciência pra aturar
    A si mesmo e a seus pais
    Um adeus ela dará
    Pega uma mala e faz as suas trouxas, pega as meias furadas no varal
    Revira inteiro o seu guarda roupa e busca de uma bola de cristal
    Carolina não quer mais ficar nesta vidinha descente
    Está pensando em beber pra perder o medo de sonhar
    Quer se encontrar com alguém que também quer se perder
    Quer viver um sonho, mas também quer acordar.
    Só não quer usar o mundo que seus pais lhe deram
    Carolina quer descobrir de onde todas as coisas vieram
    Disse que quer assassinar todos os lideres de banda
    Chamou o mundo de chato e convocou uma terceira guerra mundial
    Disse que evolução é uma merda e que a gente sempre foi meio animal
    Que no fim tudo muda, mas continua sempre  igual.
    Se perde dentro de um busão
    Na rodoviária deixa seu um coração, cheio de falsos sentimentos.
    Mas se afinal o que importa é o que esta por fora
    E ela ignora que não pensa assim
    E vai indo  até onde der com suas mentiras já que verdades são apenas pontos finais.
    Carolina não quer mais usar o mundo que seus pais lhe deram
    Carolina quer descobrir de onde todas as coisas vieram


  4. (Idolatrada salve salve)
    Composição: Andrei Pereira



    Ei crianças larguem seu brinquedos e voltem aos estudos
    Não é esse tipo de pessoa que a gente quer ver no futuro
    Cala boca eu sou maduro e sei que vocês fodem tudo e querem nos controlar
    Trocam nossos sentimentos por balas e cartuchos
    Com a cara contra o muro como eu posso reclamar
    Cuidado com o que se fala você não pode prever, quando o poder da censura vai te atacar.
    Nos deram a liberdade de abrir os olhos, no escuro como é que eu posso enxergar
    Eu não vou tocar brasileirinho
    Eu to cansado de explicar o que as cores da bandeira querem me dizer
    O pátria não me obrigue a gostar de você
    O amada eu não to afim de te satisfazer
    Poder, dinheiro proteção, traição.
    Ame sua pátria e proteja os seus filhos
    Obedeça ao sistema e não de opinião
    Quando o sonho é a sobrevivência
    E a carência é esquecida quando o plano B entra em ação
    Quando for a missa não se esqueça, compre o seu lugarzinho no céu.
    Mas se Deus não cobra ingresso quem é que esta por trás desse véu
    Não se esconda por de baixo da aba do seu chapéu que por de trás dessa fumaça eu posso ver o seu sorriso
    Não me ofereça um ombro amigo não me obrigue a me afastar
    Pois eu conheço seu juízo não finja me ajudar
    O pátria não me obrigue a gostar de você
    O amada eu não to afim de te satisfazer
    Me envergonha saber que vocês ganham pra fazer tudo que eu faço de graça de agradeço por poder
    Só com terno e gravata nos igualam a vocês
    Mas eu sonho em ver um dia suas caras no xadrez
    Não me ofereça regalias só de quatro em quatro anos
    E eu sei que você chutam tudo para de baixo do pano
    E quando toca o hino posição de sentido mostre seu respeito à pátria ou se considere fudido
    O pátria não me obrigue a gostar de você
    O amada eu não to a fim de te satisfazer


  5. (Como tudo era antes)
    Composição: Andrei Pereira


    Hoje parei pra olhar
    Algumas velhas fotos que tinha por aqui
    Hoje parei pra lembrar de momentos felizes que eu já vivi
    Sentei pra pensar em todos os momentos que não vejo mais por ai
    Hoje eu parei pra lembrar de todas as coisas que eu não esqueci
    E eu sentado aqui, esperando por algo que não volta mais.
    Eu sinto falta como tudo era antes
    Hoje parei pra trocar a poeira velha que cobria minhas lembranças
    Lembrei do olhar que a gente tinha quando criança
    Infância era se molhar com a chuva
    E não pensar no depois
    Meio rasgadas já estão às lembranças de um passado que já se foi
    E eu sentado aqui, esperando por algo que não volta mais.
    Eu sinto falta como tudo era antes
    Olhando a caixa de sapatos com as cartinhas do tempo de escola
    Papeis com marcas de batom fazem parte de uma historia
    Cheia de parafusos soltos que fazem parte da memoria
    Bons tempos que não temos mais
    Velhos tempos de gloria
    E eu sentado aqui, esperando por algo que não volta mais.
    Eu sinto falta como tudo era antes
    Mas agente ama, cresce e esquece o que, queria.
    É bom ter um passado legal pra contar pra quem quiser.